Um dos fatores que evitou, por muito tempo, o investimento das empresas de games no Brasil foi a pirataria. Entretanto, para a Ubisoft, empresa que desenvolve jogos como Assassin's Creed, a ilegalidade no país é reflexo de uma alta carga tributária e avalia que os impostos são ainda mais problemáticos que os jogos piratas em si.
"Pirataria é um tema chato, mas para mim o principal problema são os impostos. Com impostos de mais de 60%, é normal que um moleque de 15 anos não seja capaz de colocar R$ 179 em um jogo", analisa Bertrand Chaverot, diretor geral da Ubisoft no Brasil e na América Latina. "Então a pirataria é um obstáculo, mas primeiro é preciso lutar contra os impostos. Com preços justos e jogos em português, é possível combater este problema".
A empresa já tem histórico de combate à pirataria com preços baixos. Quando lançou Rayman Origins, em 2011, o jogo foi vendido a R$ 99 para todos os consoles no lançamento, ao contrário da maioria dos games, que, dependendo da loja, podem ser oferecidos no lançamento a R$ 179 ou R$ 199. Chaverot promete outras ações do tipo, mas vê dificuldades em oferecer as mesmas condições pelas condições cambiais e impostos.
"Temos 1,2 milhões de fãs no Facebook e passamos muitas informações e recebemos dicas do público, então o preço é algo a ser observado. Neste ano, no entanto, o dólar aumentou de R$ 1,70 para R$ 2,04, então é difícil manter este preço agressivo, mas assim que o dólar baixar e os impostos forem reduzidos, vamos continuar. É uma das prioridades da Ubisoft", concluiu.
fonte: 180graus
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