"A equipe do Xbox olha obsessivamente para a Sony", diz ex executivo da Microsoft

O antigo chefe da Lionhead também se diz chocado em como a Microsoft tem pouca atenção o com PC. 

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Nos negócios, é apenas natural que se olhe sempre para a competição. Microsoft, Nintendo e Sony ficam sempre com um olho umas nas outras para saber sobre como as suas estratégias e produtos estão avançando. De acordo com o antigo chefe da Lionhead Studios, Peter Molyneux, no que toca a Microsoft, eles estão sempre olhando para a Sony, em particular, "obsessivamente". 

Num longa entrevista com Molyneux na última E3, o site GamesIndustry fez uma pergunta comentando inicialmente de que os altos executivos da Microsoft devem estar sempre de olho na Sony, Molyneux então rapidamente colocou: "Sim, com certeza. Obsessivamente." 

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No geral, Molyneux acredita que o sistema da Sony de ter várias desenvolvedoras próprias pode ser a sua salvação, mas teme que problemas internos que ela enfrenta possa impedir que suas desenvolvedoras cresçam. 

"A Sony sempre teve um line-up de exclusivos extremamente forte, o que na minha opinião é incrivelmente inteligente. Eles possuem ótimos desenvolvedores, muito talentosos. Se a Sony soltar a corda do pescoço das suas desenvolvedoras e dar a elas espaço e liberdade para serem inovadoras e criativas, especialmente quando se trata da nova geração, então eles provavelmente irão trazer muitas novidades para todos." ele colocou. 

"O que eu me preocupo é que, com a pressão corporativa e de redução de custos, as desenvolvedoras não terão chance de fazer isso. Além do mais -e isso é uma opinião pessoal- eu não faço ideia aonde eles querem chegar em termos de hardware. Eles tem o Move, que não chegou tão cedo quanto o Wii e não é inovativo como o Kinect. Eles parecem estar sempre em terceiro na corrida. O que eu esperei em todas as últimas conferências nos últimos anos, era que a Sony iria tirar o coelho da cartola e dizer 'Aha, mundo! Vocês não sabem o que está realmente acontecendo.' E eu realmente me preocupo com eles." 

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No que toca a conferência da Microsoft na E3, Molyneux comenta: "Eu acho que foi um golpe inteligente deles em focarem nas demos. E na verdade, eu achei que o que a EA falou, 'Vocês verão 10 grandes demos de 10 grandes desenvolvedoras', poderia ter sido dito também pela Microsoft. Eu achei que não havia nem de longe a quantidade de conteúdo para o Kinect que houve em outros anos, o que foi uma mistura de surpresa e choque para mim." 

Ele continuou, "Eu gostei do SmartGlass, mas não entendi seu conceito, gostaria de ver mais exemplos disso. Pareceu uma grande coisa, porque mostra a Microsoft dando suporte a Apple, mas houve pouca atenção. Porém, eu gostei do Nike Fitness e no geral a conferência foi boa. Na verdade foi como sempre, super-hiper profissional. Eles terminaram em segundo lugar. Mas o que a conferência nos disse sobre os planos deles para os próximos 2 anos? Não acho que tenha sequer falado nada sobre isso. Eu acho que, o que fez de fato, foi colocar um muro em volta deles, como se eles estivessem prendendo a respiração e esperando por algo". 

Molyneux vê que todos os fabricantes de consoles estão com dificuldade em aceitar que eles já não detém mais o monopólio dos jogos. 

"Será um problema interessante para todos os fabricantes de console eu acho. Porque muitas opções de entretenimento digital estão se diversificando para muitas plataformas. Eles já não tem mais o luxo de deixar tudo restrito aos consoles. Fizeram um ótimo trabalho em tirar o PC da jogada e deixar toda a indústria voltada somente para suas plataformas, mas este tipo de poder está escapando por entre os dedos deles." Ele observou. 

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Falando no PC, Molyneux ficou surpreso ao notar a contínua falta de atenção da Microsoft à plataforma no que diz respeito aos jogos. 

"Eu sinceramente espero que a próxima geração traga uma nova onda de inovações. Se isso não acontecer nos consoles, então você pode ter certeza que a inovação irá surgir em outros lugares. Olhe para o PC, é incrível como ele está ressurgindo. Há muita inovação agora, o que me lembra sobre outra falha na palestra da Microsoft. Sempre me choca ver o quanto a Microsoft pouco se preocupa com o Windows. Não houve quase nada relativo ao Windows 8 na E3. Você pensaria que, com mais de 1 bilhão de computadores rodando o Windows, eles pelo menos mencionariam a plataforma. Especialmente agora que a interface Metro é muito mais gameficada, mas não há qualquer menção que seja." Molyneux disse. 

No final, com tantas plataformas disponíveis além dos consoles, pode ser confuso para os desenvolvedores, mas também pode abrir espaço para novas oportunidades.

"Isso é exatamente o porque eu saí da Microsoft. Como uma pessoa criativa, que ama a criatividade e abraçar novas ideias, me pareceu a oportunidade perfeita para sair e começar uma nova empresa que focará em uma simples ideia, por mais louca que seja, que é a de abraçar toda essa tecnologia ao invés de tentar ignorá-la. E a única maneira que posso fazer isso é começando do zero porque atualmente existe tanta política envolvida no desenvolvimento de jogos, como se vão suportar mídias físicas ou algum formato que exista por aí. Eu acho que uma pequena start-up pode abraçar todas essas novidades." 

Como bônus, é certamente libertante para alguém de personalidade direta como Peter Molyneux. Ele relatou para nós como tem sido refrescante poder falar sem restrições. 

"É muito, muito difícil quando se é um desenvolvedor pertencente a uma publicadora, porque suas palavras não significam apenas a sua voz. É a voz da sua equipe, a voz de toda a Microsoft," ele colocou, se referindo a Lionhead. "E isso tem que ser medido até o ponto em que, na Microsoft, entendivelmente, existiria um jornalista na sala fazendo uma entrevista com você, e 3, 4 pessoas de relações públicas escrevendo absolutamente tudo. Agora não há ninguém. Isso me levou um tempo para se acostumar. Você quase espera que alguém chegue na sala e diga, 'Ei, você não pode falar isso.'" 

Mas também tem um lado ruim: "A liberdade é um remédio perigoso para se tomar. É difícil porque relações públicas faziam duas coisas: Eles me impediam de dizer coisas corporativas erradas, e eles também me impediam de eu me passar por um idiota na frente de todos. E isso é muito fácil de acontecer agora. Muito, muito fácil."



fonte: Gamesindustry



Sameera ChathurangaPosted By Sameera Chathuranga

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