Os automóveis não são as únicas vítimas da paródia que reina na série. A coisa é bem mais séria. A produtora faz piadas com as próprias marcas e chega ao requinte de reproduzir a linha inteira de produtos de alguns fabricantes. Caso da Chevrolet, que é rebatizada no jogo como Declasse. Outro exemplo é a também fictícia Emperor, que produz automóveis parecidos com os da Lexus e, de quebra, tem logomarca inspirada na da Toyota, a dona da marca de luxo. Nem os ícones escapam. A Ferrari é imitada pela marca Grotti, que produz o Turismo, cópia fiel da Ferrari 360. Porém, a grande piada da Grotti está no símbolo: um cavalo sentado.
Além da ironia, a série sempre apelou para muitas referências culturais. É o caso do nome escolhido para esse muscle car totalmente baseado no Dodge Charger de segunda geração que ficou mais famoso como o General Lee da série Dukes of Hazzard, ou Os gatões. Por isso o nome Dukes. Embora a marca Imponte produza essa cópia de um Dodge, os seus demais carros são inspirados em Pontiacs.
Aqui a referência é clara. Como o Hummer se baseia nos Humvees das forças armadas norte-americanas, o rebatismo faz todo sentido. Afinal, mais patriótico do que isso, impossível. Quando surgiu no GTA III era baseado no H1, que tinha forte parentesco com o Humvee original, mas no GTA IV virou uma cópia do mais civilizado H2. O nome da marca em inglês diz tudo: mamute.
Pegassi Infernus ? Lamborghini Diablo/Countach/Murciélago
Esse surgiu em GTA III com um nome infernal para fazer justiça ao Lamborghini Diablo, no qual se inspirou. O caso de amor com a Lambo se repetiu no GTA Vice City. Como o jogo se passava nos anos 80, o modelo de inspiração passou a ser o Countach. Em San Andreas, ambientado em 1992, o esportivo passa a ser baseado no Honda NSX. Mas logo voltou a musa original em GTA IV, quando o Infernus se baseou no Murciélago.
Esse entrega o parentesco com o Cutlass não apenas nas formas. O nome Cutlass designa um tipo de sabre chamado pelos franceses de sabre de abordagem, pois era utilizado pelos piratas na hora de abordar um navio. A Declasse faz paródia da Chevrolet, mas como a Oldsmobile era do grupo General Motors, está tudo em casa. A própria Oldsmobile é representada na série pela marca Classique.
O nome é bem apropriado, afinal, o Lincoln é um dos carros mais usados para fazer as limusines que levam os poderosos dos Estados Unidos. No GTA IV é uma cópia perfeita dos últimos Town Car. Embora faça essa réplica do Lincoln, a marca parodia mesmo a Cadillac.
O nome adotado no jogo indica que o modelo é adorado pelas gangues haitianas e, por isso mesmo, seria ligado ao culto do Haiti. A visão preconceituosa sobre os haitianos rendeu dor de cabeça desde o GTA Vice City de 2002. E o carro já representou a segunda e terceira gerações da banheira.
O pequeno scooter que surgiu em Vice City faz uma clara referência ao fabricante italiano Piaggio não apenas no desenho dos modelos, como também no batismo. No início, a motoneta se inspirava na famosa Vespa. Agora a fonte é a mais moderninha Piaggio Zip.
Pelo nome já não precisa nem dizer qual foi a inspiração. Em GTA IV é um superesportivo baseado no Corvette C6. O rebatismo é mais um trocadilho. Como se trata de um carro xclusivo, o modelo fictício não é produzido pela Invetero e não pela Declasse (ou Chevrolet), o que não impede de ser chamado de Declasse Coquette pela polícia nos alertas de rádio ouvidos durante perseguições.
Tal como no caso do Coquette, esse utilitário inspirado no grandalhão Escalade foi rebatizado com um nome parecido, mas mantém uma forte similaridade com a denominação original. A Albany faz uma brincadeira com a Cadillac e outros modelos da linha são reproduzidos como o Emperor (DeVille), Manana (Eldorado) e Presidente (CTS).
fonte: Revistaautoesporte/Globo
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