No início da demonstração, acompanhei tudo pelo ponto de vista de um rapaz aproveitando sua estadia numa ilha paradisíaca. Balada, bebida, mulheres… até que as coisas começam a ficar um tanto estranhas e fora do controle.
Dead Island se assemelha bastante à Fallout em suas mecânicas, entretanto não é tão livre quanto o game da Bethesda. Não é possível sair estourando a cabeça de seus companheiros na paulada e as escolhas morais são permitidas apenas em momentos chave, dando mais controle da experiência ao game designer do que ao jogador.
Ao levantar e dar uma volta pela cabana onde estavam reunidas várias outras pessoas aterrorizadas, fui informado de que o salva-vidas, responsável por reunir todos ali em segurança, estava sozinho do lado de fora, tentando afugentar alguns dos zumbis que rondavam o local. Sem nem pensar direito, agarrei o primeiro pedaço de madeira que encontrei e saí para tentar ajudá-lo. E foi neste momento em que Dead Island ficou tenso.
Vou confessar que apanhei – e apanhei feio – em Dead Island. A Techland pega o sentimento de invencibilidade que os jogadores nutrem ao iniciar um novo jogo e o atiram no chão tão rápido que o baque é bem forte. Após ajudar o salva-vidas, a demonstração evoluiu e me forçou a realizar tarefas sozinho pela ilha. Nestes momentos, sem vergonha alguma na cara, não foram poucas às vezes em que sai correndo feito uma menininha, procurando um lugar seguro para me trancar e recuperar as forças.
Falando em recuperar as forças, todas as ações do protagonista em questão são limitadas por uma barra de stamina, que aumenta bastante o realismo e força o jogador a calcular exatamente o que fazer para escapar em momentos de tensão. “Vou acertar este primeiro, dar um chute para afastar o segundo, pular aquela cerca, dar uma corrida até o meio da rua e ver se consigo entrar naquele jipe”. Dito e feito, foi aí que eu morri, por já estar cansado no meio do trajeto.
Dead Island acerta em praticamente tudo o que se predispõe a fazer, pois até suas limitações da jogabilidade são propositais, pressionando ainda mais o jogador contra a parede, mostrando que a qualquer passo em falso, você está morto e ninguém irá chorar, pois sua família já foi toda trucidada também.
Destaque inclusive para o susto vergonhoso que tomei quando um zumbi pegando fogo avançou pra cima de mim em meio aos arbustos. Pulei, soltei gritinho e deixei o controle do Xbox 360 cair no chão. Bela lembrança para trazer na bagagem de uma E3.
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