O jeitinho brasileiro ainda vai nos deixar na pior
Muita gente defende que essas pessoas podem recorrer a programas mais baratos ou até gratuitos. OK, mas isso é apenas parcialmente verdade, pois quando se fala em programas que você vai usar profissionalmente, qualidade é essencial. Como convencer um fotógrafo de casamentos a usar um Gimp em vez do completíssimo Photoshop, que custa por volta de R$ 3 mil?
Não é certo, não
É correto piratear softwares? Claro que não. Você não pode usufruir do trabalho e da criação de outra pessoa sem que ela ganhe alguma coisa com isso. Mas aí entra a questão da necessidade. Ao contrário do que acontece com os games, que muita gente pode, mas não quer pagar pelo produto original, na indústria de softwares profissionais há uma necessidade vital de se ter programas cujas licenças são impagáveis para o cidadão comum.
Boa parte do preço desses programas, assim como os preços dos jogos, é formada pelos famigerados impostos sobre produtos. O governo prefere cobrar caro de alguns poucos a cobrar barato de todo o resto.
A tarifação de um software (programa ou jogo) gira em torno de 72%. Vamos fazer uma estimativa de venda de 10 programas:
- 10 unidades a R$ 100 cada uma = R$ 1 mil. Como o percentual de arrecadação é de 72%, o governo fica com R$ 720.
Se a arrecadação fosse, por exemplo, de 30%, obviamente a venda seria muito maior:
- 100 unidades a R$ 58,00 cada uma (com o desconto do imposto) = R$ 5.800. Com o percentual de 30% de arrecadação o governo ficaria com R$ 1.740.
Conta simples, banal, baseada em uma constatação muito óbvia: todo mundo gostaria de usar produtos originais. Simples assim. Não é tão difícil de entender, é?
fonte: Jogos/Br
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